PROBLEMAS NA TIREÓIDE?
O QUE É A TIREÓIDE? E PARA QUE ELA SERVE?
Antes de falarmos dos problemas na tireóide, vamos conhecê-la.Ela é uma glândula endócrina, em forma de borboleta, localizada na região anterior do pescoço e abaixo da região conhecida como “pomo de Adão”.
Ela produz hormônios importantes, como o hormônio tireoidiano T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), a partir do estímulo do TSH (hormônio estimulador da tireoide), secretado pela hipófise.
Os hormônios da tireoide são responsáveis pelo funcionamento de diversos órgãos, isto é, o sistema nervoso, intestino, coração, ossos, pele, cabelos, metabolismo e peso corporais.
QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DA TIREÓIDE?
A tireoide pode apresentar diversos problemas, entre eles:
– Hormonal (hipotireoidismo e hipertireoidismo);
– Imunológicos (Tireoidite de Hashimoto, Doença de Graves);
– Infecciosa (Tireoidite aguda);
– Nódulos benignos
– Câncer.
E É PRECISO FAZER CIRURGIA?
A cirurgia é realizada naqueles casos de suspeita de câncer, sintomas cervicais de compressão, ou seja, sensação de pressão na garganta, dificuldade de engolir ou falta de ar, bocios mergulhantes, dentre outras.
O procedimento realizado é a tireoidectomia, isto é, a retirada cirúrgica da tireóide, que pode ser total (remoção completa da glândula) ou parcial (remoção de um dos lobos com o istmo da glândula).
QUAIS OS RISCOS DA CIRURGIA?
Todo procedimento cirúrgico pode ter complicações, embora seja algo incomum. Dentre as complicações para a cirurgia da tireóide, podemos citar as lesões de estruturas nobres, ou seja:
– Vasos sanguíneos com risco de sangramento;
– Nervos laringeos (superiores e inferiores), podendo gerar alterações nas cordas vocais;
– Glândulas paratireóides, que são responsáveis pelo equilíbrio do cálcio no organismo;
– Infecção da ferida operatória;
– Disfunção hormonal, isto é, hipotireoidismo.
E QUANTO AO JEJUM?
Todo cirurgia eletiva precisa de jejum! Já falamos sobre o jejum pré-operatório em um artigo neste site, visita aqui.
O QUE É FEITO NA SALA CIRÚRGICA? E QUAL A ANESTESIA?
Também já falamos do passo a passo na sala cirúrgica neste site, confira aqui.
A anestesia geral consiste em um estado de “sono profundo” induzido por medicações hipnóticas e analgésicas potentes administradas por via intravenosa ou inalatória.
Durante a anestesia geral, os pacientes permanecem inconscientes e não sentem dor.
Um anestesiologista monitora constantemente os sinais vitais do paciente para garantir a segurança durante todo o procedimento.
E A RECUPERAÇÃO APÓS A CIRURGIA?
A recuperação após a tireoidectomia é rápida e com alta precoce, isto é, geralmente no dia seguinte ao procedimento.
A analgesia no pós-operatório é eficiente e você não sentirá dor, graças às diversas medicações analgésicas disponíveis e a sua utilização de forma multimodal, ou seja, mecanismo de ação diversos, com analgésicos simples, anti-inflamatórios, opióides, dentre outros.
QUAIS CUIDADOS APÓS A ALTA HOSPITALAR?
É importante seguir todas as orientações médicas e fazer uso das medicações prescritas para náuseas e dor.
Manter repouso, ingerir alimentos de rotina e beber água.
Cuidado especial com a ferida operatória e aos sinais de infecção, tais como: vermelhidão, calor aos redor da ferida, febre, inchaço e dor intensa, presença de secreção ou cheiro ruim na ferida.
Esse texto objetiva informar as pessoas de forma didática e popular acerca da anestesia e da cirurgia.
Escrito por: Dr. Lyezide Monteiro (médico anestesiologista).
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